Tudo o que precisa saber antes de embarcar na aventura de pedir dinheiro emprestado ao banco para comprar a sua casa.
Os primeiros passos a dar passam por perceber se conseguirá obter um empréstimo, procurar as ofertas de crédito habitação existentes no mercado e compará-las, de modo a obter as melhores soluções do mercado. Em seguida, passará pela avaliação do imóvel e a respetiva realização de escritura.
Dada a complexidade do processo de solicitação de um crédito habitação, a ajuda de um intermediário de crédito poderá ser bem-vinda, começa por explicar Jorge Gil, um dos responsáveis da E-Finance. “O cliente poupará tempo em contactos com diferentes bancos, esclarecerá as suas dúvidas com alguém especializado e independente e ainda poupará dinheiro, pelas vantagens que os intermediários de crédito conseguem garantir junto das instituições”.
1 – Reunir documentação
Em primeiro lugar é importante referir que cada processo é diferente, por isso o documento que para o cliente A pode ser obrigatório, para o cliente B pode já não ser assim tão necessário. Um crédito habitação para adquirir um imóvel é diferente de um crédito habitação para construir uma casa de raiz, por exemplo.
Para simplificar, vamos indicar os documentos necessários numa fase inicial, sendo que poderá consultar o nosso artigo, sobre todos os documentos necessários para solicitar um Crédito Habitação, em todas as fases do processo.
Para obter a pré-aprovação do pedido do crédito à habitação serão necessários os documentos elementares dos titulares que irão fazer parte do crédito bem como de possíveis fiadores. Neste caso serão pedidos:
- Documento de identificação (frente e verso e legível);
- Última declaração de IRS acompanhada da Nota de liquidação da mesma;
- 3 Últimos recibos de Vencimento (no caso de trabalhar por conta própria será pedido o mapa de recibos verdes dos últimos 6 meses, retirados do Portal das Finanças; no caso de reformado, será solicitada a prova anual desse rendimento);
- Declaração de vínculo contratual (prova de efetividade, contrato de trabalho ou declaração de início de atividade no caso de ser trabalhador independente);
- 3 Últimos meses de extratos bancários (é um documento imprescindível para comprovar as entradas de salários ou outros rendimentos e também podem ser utilizados para confirmar a existência de capitais próprios que, sendo elevados ou mais baixos, poderão em muito influenciar a decisão da entidade bancária);
- Mapa de Responsabilidade do Banco de Portugal (servirá para confirmar todos os créditos dos quais é titular, fiador ou avalista);
- Comprovativo de morada;
- Formulário de proposta (em alguns bancos poderá somente enviar a documentação e conseguirá obter a sua pré-aprovação, em outros é exigido o preenchimento de um formulário que pretende formalizar o seu pedido de empréstimo ao banco em questão).
2 – Recolha e comparação de propostas
Analisar simulações de crédito habitação é uma tarefa difícil para quem não sabe o que procurar.
O simulador de crédito habitação pode parecer intimidante, mas é o seu melhor amigo, porque lhe permite aceder a informações essenciais para que possa escolher bem. Mas é preciso fazer os trabalhos de casa e, quando agarrar nas simulações de crédito, saber exatamente para onde deve olhar.
Que indicadores devem ser considerados para escolher a proposta em que se paga menos pelo empréstimo?
Há dois indicadores fundamentais, apresentados nas simulações de crédito habitação, que refletem a totalidade de custos com o empréstimo. Um deles é a TAEG (Taxa Anual de Encargos Efetiva Global) que contempla comissões bancárias (comissão de abertura, de formalização, de avaliação e de processamento da prestação, por exemplo), juros, despesas (impostos e emolumentos de registo da hipoteca) e os custos dos seguros associados ao empréstimo (o seguro multirriscos do imóvel e o seguro de vida).
O outro é o MTIC (Montante Total Imputado ao Consumidor) que, tal como o nome indica, representa o montante total que o cliente terá de pagar à instituição durante todo o período do empréstimo, juntando ao montante total do crédito a pagar todos os custos associados a esse crédito (juros, comissões bancárias, impostos e outros encargos).
Ao contemplarem o custo total do empréstimo, a TAEG e o MTIC são a melhor forma de comparar diferentes propostas de crédito habitação e escolher a mais vantajosa.
Saiba ainda as 3 questões fundamentais que deve fazer para se certificar que toma a melhor decisão na compra da sua casa.
Se ainda assim persistirem algumas dúvidas e lhe for difícil analisar estas temáticas, poderá sempre entrar em contacto com a E-Finance, o seu intermediário de crédito de confiança.
3 – Avaliação do imóvel
Uma vez escolhido o imóvel e qual o banco que oferece melhores condições, está no momento de solicitar a avaliação ao mesmo, junto do respetivo banco, momento em que terá os primeiros custos com o processo.
Nesta fase, o banco efetuará o pedido de avaliação a uma entidade especializada e independente que emite um relatório para o efeito, o qual servirá de base para saber se o crédito está de facto aprovado, isto é, se a avaliação corresponde às expetativas iniciais.
4 – Escritura
Com o crédito habitação aprovado e avaliação conforme, será emitida a carta de aprovação, após a qual terá de aguardar no mínimo sete dias para realização da escritura, pois é garantido um período de reflexão.
Nesta etapa haverá lugar ao pagamento de impostos, nomeadamente IMT (Imposto Municipal sobre Transmissões Onerosas de Imóveis) e Imposto Selo, que têm de ser liquidados para a realização da escritura.
A definição clara de todo o processo e também a ajuda que poderá conseguir durante o mesmo ditará o tempo entre o primeiro passo e a escritura, o qual poderá ir de um a três meses, dependendo da demora na recolha da documentação e da disponibilidade da parte compradora e vendedora.
Escolha uma fonte credível para estar o mais informado possível, quando tomar a decisão de solicitar um crédito habitação. Comprar uma casa é efetivamente um processo complexo, mas a E-Finance ajuda-o a compreender.